Dia Nacional da Silvicultura: importância para a economia e sustentabilidade
Neste sábado (07/12) é o Dia Nacional da Silvicultura, um ramo da ciência que se dedica ao estudo do cultivo, manejo e conservação de florestas naturais e plantadas e também da fauna de uma região. De acordo com o extensionista da Emater/RS-Ascar e engenheiro florestal, Ilvandro Barreto de Melo, “a silvicultura tem um papel fundamental no aspecto ambiental, principalmente no que diz respeito aos recursos naturais, tanto de preservação quanto de conservação, mas também de exploração econômica dessas espécies naturais”.
Conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2022), a silvicultura ocupa uma área de 9,3 milhões de hectares, sendo a Mata Atlântica o bioma com maior proporção de área de silvicultura. Mais de 80% das florestas cultivadas utilizam eucalipto plantado para fins comerciais, como produção de papel, celulose, madeira e carvão vegetal. Além do eucalipto, o pinus, a seringueira e a acácia estão entre as principais espécies cultivadas no Brasil. Na Região Sul, predominam acácia-negra, pinos e eucalipto.
A acácia-negra destina-se majoritariamente à produção de energia e, em menor escala, à construção civil. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar do último dia 21 de novembro, a cultura está em bom estado fitossanitário e passa pelas fases de preparo de áreas, plantio, tratos culturais, controle de formigas e colheita.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, cerca de 8,4 mil hectares estão plantados com acácia-negra e a cultura tem importância econômica e social significativa nas propriedades familiares, contribuindo para a diversificação de culturas e geração de renda. O relevo acidentado e a terceirização de operações, como corte e empilhamento, que representa cerca de 60% dos custos, limitam a rentabilidade, mas mantêm a produção viável. Além da Serra, as regiões de Santa Maria e Frederico Westphalen possuem áreas destinadas à silvicultura.
Silvicultura e eventos climáticos
Os sistemas agroflorestais são normalmente mais resilientes e possuem maior capacidade de proteção diante de variações climáticas, como estiagens ou excesso de chuva. Na calamidade que afetou o Rio Grande do Sul em maio deste ano, os sistemas agroflorestais e os silvipastoris contribuíram para atenuar as consequências negativas que atingiram o sistema produtivo. No entanto, em algumas situações, diante de eventos extremos, a cobertura florestal não foi capaz de dar sustentação, principalmente nas encostas de morros, provocando deslizamentos de terra. Por isso, os sistemas florestais têm um potencial significativo no sentido de contribuir na reconstrução pós-calamidade.
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
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