Diocese de Erexim reflete sobre o sacramento da Unção dos Enfermo

Diocese de Erexim reflete sobre o sacramento da Unção dos Enfermo
Reflexão sobre o sacramento da Unção dos Enfermos

Terceira reunião das Áreas Pastorais de 2025 reuniu cerca de 70 participantes no Auditório São José

A Diocese de Erexim promoveu, na noite de 18 de setembro, a terceira reunião das Áreas Pastorais de 2025, no Auditório São José. O encontro contou com a participação de quase 70 pessoas e foi conduzido pelo padre Jair Carlesso, coordenador diocesano da ação evangelizadora, que apresentou uma reflexão sobre o sacramento da Unção dos Enfermos no processo de atualização das Diretrizes Diocesanas dos Sacramentos.

A reflexão foi fundamentada em texto distribuído aos participantes, em que Pe. Jair aborda o “cuidado do doente como um modo-de-ser-essencial”, inspirado no teólogo Leonardo Boff. Logo na introdução, o sacerdote destacou que uma das grandes buscas do ser humano é a cura dos males, sejam físicos ou de outra ordem. Recordou ainda que Jesus realizou curas em sua trajetória e que o apóstolo Paulo já afirmava: “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho...” (At 20,28). Para ele, cuidar e ser cuidado são dimensões fundamentais da existência, que envolvem responsabilidades pessoais, familiares, sociais, públicas e eclesiais. A Igreja, nesse contexto, possui dois sacramentos relacionados à cura: a Reconciliação e a Unção dos Enfermos.

No desenvolvimento do texto, o coordenador apresentou quatro pontos principais. O primeiro trata da saúde e da doença na vida humana, ressaltando que a vida é o maior dom concedido por Deus e deve ser vivida com dignidade, sendo dever das estruturas sociais garantir condições para uma vida saudável.

O segundo aspecto destaca a atenção de Jesus aos doentes. Para o sacerdote, doença e cura fazem parte da pedagogia divina, levando o ser humano a compreender melhor a si mesmo. A dedicação de Jesus aos doentes e marginalizados é vista como exemplo de misericórdia, já que suas curas iam além do físico e proporcionavam dignidade e confiança aos enfermos.

O terceiro ponto evidencia que o cuidado do doente é missão de todos. Inspirada no ensinamento de Jesus, a Igreja assume a tarefa de cuidar da vida em todas as suas dimensões. Pe. Jair reforçou que o incurável não é incuidável e que, ainda que não haja possibilidade de cura, o doente deve receber atenção, apoio e esperança. Ao mesmo tempo, ressaltou que a Igreja não apoia práticas como eutanásia ou suicídio assistido.

Por fim, o quarto item aborda a natureza do sacramento da Unção dos Enfermos, que conforta quem enfrenta a provação da enfermidade. Conforme o Catecismo da Igreja Católica, seus efeitos são: união do doente com a paixão de Cristo; reconforto, paz e coragem para enfrentar os sofrimentos; perdão dos pecados; eventual restabelecimento da saúde, quando necessário à salvação espiritual; e preparação para a vida eterna. O padre também lembrou que a assistência ao doente não se limita à unção, mas inclui visitas, oração, bênção da saúde, comunhão eucarística e celebração da missa.

ASSESSORIA DA DIOCESE DE EREXIM