Especial O Seu Direito - Entrevista com o Advogado Eliandro dos Santos - Especialista em Direito Cível

Especial O Seu Direito - Entrevista com o Advogado Eliandro dos Santos - Especialista em Direito Cível

O primeiro curso superior criado no Brasil foram as Faculdades de Direito de Olinda e São Paulo. Estas faculdades foram estabelecidas no ano de 1827 para oferecer formação jurídica após a independência do país. Elas foram criadas no dia 11 de agosto e, desde então, se mantém como uma das mais numerosas e influentes formações acadêmicas. Não por acaso a data foi escolhida para comemorar o Dia do Advogado.

Na consulta ao quadro da Advocacia da OAB, na tarde de quarta-feira (13), atualizada diariamente no seu site, constavam 1.551.012 profissionais registrados no país. Na manhã do mesmo dia, a reportagem foi recebida na sede da Santos Advogados, pelo seu diretor, no segundo andar do edifício 636 da Av. Borges de Medeiros, no centro de Getúlio Vargas.
Inscrito na OAB/RS com o número 54.109, Eliandro dos Santos é um dos 102.847 profissionais atualmente aptos a exercer a atividade no Estado. Às vésperas de completar 48 anos de idade - seu aniversário é no dia 31 de agosto -, é natural de Getúlio Vargas, nascido no Hospital São Roque pelas mãos do médico Flamarion Ribas. Caçula do casal Antônio e Ilê Teresinha dos Santos, e irmão de Vomir e Jussara, o primeiro falecido, viveu até os 7 anos na propriedade dos avós maternos na localidade de Rio Bonito, interior do município de Sertão.
Matriculado na Escola Padre Manoel da Nóbrega, o jovem Eliandro deixou a casa dos avós para se juntar aos pais, que haviam fixado residência em Getúlio Vargas. O pai trabalhava em uma empresa do advogado Clóvis Valadares e a mãe na Fábrica de Artefatos Garça. Na descontraída conversa na sala de reuniões, o advogado Eliandro dos Santos falou de sua trajetória de vida e a importância da família na sua formação.
Quando estava no 5º ano do ensino fundamental no Colégio Estadual Antônio Scussel, se ofereceu numa empresa local como vendedor de picolé, mas pela idade não foi admitido. Determinado a trabalhar no turno inverso ao horário escolar, logrou êxito e conseguiu trabalho na Eletrônica Almeida, aonde continuou a trabalhar após concluir o 2º grau e no período da graduação.
Determinado a dar continuidade aos estudos, se inscreveu num curso pré-vestibular. O desejo do pai de ver o filho formado em Direito se sobrepôs ao seu, de cursar Medicina. No ano de 1997 foi aprovado em primeiro lugar para o curso de Direito da Uri Erechim. Na época o pai, que também havia trabalhado no Curtume Erê e posteriormente na Garça, estava desempregado. A família vivia do trabalho no ateliê de costura que a mãe tinha em casa. Para custear a faculdade, o acadêmico Eliandro tentou, sem sucesso, o Crédito Educativo, mas conseguiu pagar os estudos trabalhando na Elétrica Mecânica Almeida.
Questionado sobre o período da graduação revelou a admiração dos professores, dentre os quais o advogado Paulo Reis Franklin da Silva, titular das cadeiras de Direito Cível e Penal. Ao longo do curso formou um grande círculo de amizades, e dentre os colegas citou Marcelo dos Santos, Milena Tagliari, Gelson Seminotti e Paulo Edgar da Silva. Emocionado lembrou que as avós, juntamente com os pais e a irmã, participaram da solenidade de formatura ocorrida no ano de 2001. Ele e outro colega, que obtiveram o melhor desempenho, receberam uma bolsa de estudos para concurso público na magistratura. Decidido a advogar, declinou.
Já formado foi admitido como estagiário no escritório do advogado Pedro Heitor Borghetti. Aprovado no concurso da OAB continuou no escritório do amigo, de quem posteriormente foi sócio. Atuando na área do Direito Cível, que é especialista, e também na trabalhista, dá consultoria a empresas de Getúlio Vargas e região. Na Santos Advogados conta com a parceria da advogada Mariana Gorosterrazu Martinelli, com quem trabalha há muitos anos, e que atua nas áreas Cível e Previdenciária.
Em 2010 foi eleito presidente da Subseção de Getúlio Vargas e foi reeleito mais duas vezes. O profissional admite que nos anos em que exerceu o cargo, ao lado das três diretorias, foram profícuos para a vida pessoal e profissional. “Foi um período de muito trabalho, e também de aprendizagem”, sentenciou.
No ano de 2002, feriado de 20 de setembro, começou o namoro com a professora Marvone Spilmann. A filha do amigo Valmor, torcedor como ele do Grêmio, havia retornado para Getúlio Vargas para lecionar no Colégio Estadual Antônio Scussel. Juntos há quase 23 anos, o casal tem os filhos João Pedro, 17 anos, e os gêmeos Antônia e Joaquim, de 11, os três alunos da Escola de Educação Básica Ideau-Santa Clara.