Opinião - Especial Dia da Mulher / Juliane Lang Piazzetta Giacomazzi - Presidente da OAB/Subseção de Getúlio Vargas

Opinião - Especial Dia da Mulher /  Juliane Lang Piazzetta Giacomazzi - Presidente da OAB/Subseção de Getúlio Vargas
Juliane Lang Piazzetta Giacomazzi - Presidente da OAB/Subseção de Getúlio Vargas

08 de Março - Dia Internacional da Mulher
O que comemorar nesta data?



O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, é uma data muito importante no calendário mundial. É um momento de reflexão sobre os desafios e conquistas das mulheres, principalmente por igualdade e respeito ao longo da história.
A primeira manifestação em relação às mulheres ocorreu em Nova York, no dia 26 de fevereiro de 1909. A passeata contou com cerca de 15 mil mulheres que protestaram por melhores condições de trabalho, que na época, eram muito precárias e exploradoras.
Em outubro do ano seguinte, em Copenhague, capital da Dinamarca, aconteceu a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na qual a líder socialista alemã Clara Zetkin sugeriu que houvesse uma agenda anual de ações em prol das mulheres.
A partir de 1911, as manifestações começaram a acontecer anualmente em diferentes datas entre fevereiro e março, de acordo com cada país. 
O ano de 1917, na Rússia, foi fortemente marcado pelo ciclo revolucionário que derrubou a monarquia czarista. Naquele clima de agitação, as mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem entraram em greve, no dia 8 de março, e reivindicaram a ajuda dos operários do setor de metalurgia. Essa data entrou para a história como um grande feito de mulheres operárias e também como prenúncio da Revolução.
Na segunda guerra mundial fomos chamadas ao trabalho porque os homens iam às guerras, contudo, com baixos salários e jornadas diárias intermináveis.
A partir dos anos 1960, a comemoração do dia 8 de março já tinha se tornado tradicional, mas foi oficializada pela ONU apenas em 1975, quando essa organização declarou o Ano Internacional das Mulheres, como uma ação voltada ao combate das desigualdades e discriminação de gênero em todo mundo. Como parte desses esforços, o dia 8 de março foi oficializado como o Dia Internacional da Mulher.
Penso que dia oito é sim dia para ser celebrado! Conquistamos muito neste pouco mais de um século: direito a estudar, direito ao voto, mesma legislação trabalhista! Seguindo o dom e o desejo de cada uma, hoje podemos exercer qualquer profissão: motorista, médica, engenheira, deputada, professora, advogada, piloto de avião, até mesmo gerente geral da NASA! Espaços que cem anos atrás eram exclusivos para homens.
Muito ainda há que se evoluir, especialmente em relação a independência financeira. Por milênios não fomos educadas a prosperar economicamente, e decorre que mulheres que são economicamente independentes estão menos suscetíveis à violência doméstica e a episódios onde são subjugadas.
Inúmeros estudos comprovam que ainda hoje as mulheres sofrem com a desigualdade no mercado de trabalho, sofrem violência e abusos. E temos ainda o grande desafio de, efetivamente, compartilhar a criação dos filhos e os afazeres domésticos.
Então, o dia é para comemorar e traçar desafios!
Um brinde a nossa força e amorosidade!