Pela segunda vez no ano Getúlio Vargas sofre com alagamento
Passados 105 dias desde que ás águas do Abaúna saíram do leito e alagaram diversas áreas da cidade de Getúlio Vargas, a situação se repete nesta quinta-feira (02).
Moradores das áreas próximas do rio, e também dos arroios que cortam diversos bairros da cidade, estão em alerta desde o início da semana. De igual modo os comerciantes de ruas e avenidas como a Irmão Gabriel Leão, Salgado Filho, Antônio Balbinot, José Cortese, Julio de Castilhos e Severiano de Almeida. A situação também é critica nos locais mais baixos dos bairros Navegantes e XV de Novembro.
A Prefeitura de Getúlio Vargas informou no inicio da tarde que, devido às fortes chuvas, algumas famílias precisaram deixar suas residências, porém, estão alojadas na casa de parentes. Não há registros de pessoas em situação de necessidade que exijam abrigo em locais públicos. Por prevenção o Centro Esportivo Municipal ficará a disposição.
Por precaução, o transporte escolar foi suspenso para o turno da tarde de hoje, e amanhã não estará operando. Apesar disso, as escolas permanecerão abertas, uma vez que muitas famílias dependem delas para garantir a assistência aos seus filhos enquanto estão no trabalho.
Às 14h, haverá reunião no Gabinete do Prefeito com Brigada Militar, Bombeiros e membros da Defesa Civil para avaliar a situação e decidir medidas a serem adotadas.
Oito cidades do RS estão entre as dez com o maior volume de chuva das 24 horas, informou o Ogimet, que calcula índices em mais de seis mil estações distribuídas nos cinco continentes. Entre a terceira e décima posição figuram Soledade, Ibirubá, Bento Gonçalves, Santa Rosa, Canela, Cruz Alta, Santiago e Santa Maria. O serviço de meteorologia prevê que os temporais devem continuar nos próximos dias.
O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que a destruição causada pelas chuvas que atingem o estado é o “maior desastre da história” do RS em termos de danos materiais. Ainda no dia de ontem a situação já era apontada como mais grave do que a de 2023. A Secretaria de Estado da Educação suspendeu as aulas de hoje e amanhã, sexta-feira (03).
O último balanço da Defesa Civil registrou que os temporais já causaram treze óbitos e onze feridos. Ao menos 21 pessoas estão desaparecidas e se aproximam de 20 mil pessoas afetadas em todo o RS.
Estado de Calamidade Pública no RS
A edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) publicado na noite dessa quarta-feira (01) traz o Decreto 57.596, que ”declara estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul afetado pelos eventos climáticos de chuvas intensos ocorridos a partir de 24 de abril de 2024”. O decreto destaca que o RS é atingido por chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais de grande intensidade, sendo classificados como desastres de Nível III - caracterizados por danos e prejuízos elevados.
Redação AFR.
Matéria atualizada as 13h15min.
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